×

Linfedema causas

linfedema

Linfedema causas

[faceturbo]

O que causa o linfedema?

Congestionamento nos tecidos – O nosso sistema linfático está ligado ao sistema cardiovascular e desempenha funções para o nosso organismo que são tão importantes como as do próprio sistema cardiovascular. Desempenha um papel decisivo como parte do nosso sistema imunológico. Enquanto temos saúde, dificilmente existem razões para pensar no sistema linfático. Só percebemos a sua existência quando ele se encontra debilitado – no caso do linfedema, por exemplo.

O que é isso, exatamente? O linfedema ocorre quando o fluido linfático não consegue fluir para o coração de modo adequado e se acumula nos tecidos. Isto pode ser comparado com uma espécie de engarrafamento de trânsito. Os braços e as pernas incham e forma-se um edema, ou seja, um inchaço crónico.

Porém, com o tratamento adequado e uma atitude positiva, é possível levar uma vida diária que seja o mais normal possível. Porque uma coisa é certa: há formas de manter o linfedema constante e curtir a vida ao mesmo tempo.

O serviço de “eliminação de resíduos perigosos” do corpo

[themoneytizer id=”16901-1″]

 

O sistema linfático pode ser comparado com o serviço de “eliminação de resíduos perigosos”, porque transporta produtos residuais para fora do corpo. Nestes incluem-se, por exemplo, proteínas, produtos de degradação metabólica, produtos inflamatórios ou gordura da cavidade abdominal. O sistema linfático estende-se ao longo dos vasos sanguíneos e cobre todo o nosso corpo como uma rede.

Todos os dias, ele transporta até quatro litros de linfa purificada de volta para a circulação do sangue. Pode desenvolver-se linfedema se a drenagem linfática for interrompida ou enfraquecida. Existem hoje tantas opções de tratamento diferentes que é possível levar uma vida quase perfeitamente normal, mesmo tendo linfedema.

Formas do linfedema

Linfedema primário

Designa-se por linfedema primário um linfedema congénito. As causas são, na maioria das vezes, uma malformação das vias linfáticas ou dos gânglios linfáticos, ou a total ausência de vias linfáticas. Um linfedema primário ocorre, na maioria dos afetados, antes dos 35 anos.

Linfedema secundário

Por linfedema secundário entende-se um edema adquirido durante a vida. As razões para o seu aparecimento são variadas:

  • Inflamações que permitem mais formação de líquidos do que as vias linfáticas conseguem transportar.
  • Lesões nas vias linfáticas, causadas frequentemente por cirurgias. Muitas vezes, aparecem linfedemas na zona dos braços em mulheres depois de mastectomias, nas quais os gânglios linfáticos são removidos das axilas.
  • Tumores malignos com acumulação de células cancerígenas nos gânglios linfáticos.
  • Lesões causadas por radiação, em que as paredes das vias linfáticas aderem entre si.
[themoneytizer id=”16901-28″]

 

Sinais da doença

Em linfedemas primários, num estadio precoce ocorrem inchaços no dorso do pé e no tornozelo. Os dedos incham e ficam com um formato quadrado.

Em 82 % das pessoas afetadas, pode observar-se o sinal de Stemmer: deixa de conseguir-se apertar uma prega de pele na articulação basal dos dedos dos pés ou das mãos. Ao contrário do linfedema primário, o inchaço do linfedema secundário decresce do tronco para baixo. Não se verificam inchaços do dorso dos pés ou das mãos nem os dedos dos pés quadrangulares.

Sinais para detecção de linfedemas, em resumo

  • Sinal de Stemmer positivo
  • Inchaço assimétrico
  • Pregas de pele naturais profundas, em especial nas articulações basais
  • Inchaços frequentes no dorso dos pés e das mãos
  • Pele lisa e retesada

Evolução da doença – Os três estadios

Um linfedema não tem cura. Contudo, sem tratamento, a doença não estabiliza. A acumulação de linfa nos tecidos provoca, entre outros fatores, um aumento das fibras nos tecidos conjuntivos, o que ainda limita mais o funcionamento das vias linfáticas. Conforme a gravidade da doença, distinguem-se diversos estadios:

  • Estadio 0 – danos não detetados Existem danos nas vias linfáticas que não foram ainda detetados. Os vasos linfáticos ainda conseguem transportar a linfa e não há inchaços.
  • Estadio 1 – estadio reversível O inchaço forma-se após esforço físico ou no final do dia. É suave e formam-se facilmente covas por pressão. O edema desaparece durante a noite ou após alguns dias de descanso na cama.
  • Estadio 2 – estadio espontaneamente irreversível Mesmo depois de repouso mais prolongado na cama, o edema não desaparece. Contudo, o inchaço pode ser eliminado com tratamento adequado. Neste estadio, a ocorrência de infeções aumenta muito.
  • Estadio 3 – estadio irreversível O edema é irreversível, ou seja, é praticamente impossível eliminar o inchaço. Podem surgir outras complicações como eczemas, erisipela e as chamadas fístulas linfáticas. Este estadio pode evoluir para elefantíase.

Terapia – Redução do líquido nos tecidos

Fase 1 – Fase de descongestionamento

O objetivo é reduzir a extensão do congestionamento no membro afetado. Por isso, na primeira fase da terapia complexa de descongestionamento, é feita uma drenagem linfática manual de todo o corpo, a fim de estimular a evacuação do líquido para fora dos tecidos. Após cada tratamento, são aplicadas ligaduras de compressão. Além disso, a terapia de descongestionamento é auxiliada por ginástica especial. Como complemento, no início da terapia são tratadas doenças cutâneas como fissuras na pele ou micoses nos pés, pois uma inflamação pode lesar ainda mais os vasos linfáticos.

Consequentemente, é importante uma higiene e um cuidado da pele, utilizando soluções e cremes com pH neutro.

A primeira fase da terapia complexa de descongestionamento físico dura cerca de três a seis semanas. Contudo, depende muito do sucesso do descongestionamento. Somente quando não é possível conseguir maior redução da extensão nas regiões afetadas do corpo é que se passa para a fase de manutenção.

Fase 2 – Fase de manutenção

A fase 2 da terapia complexa de descongestionamento físico visa preservar o sucesso dos resultados conseguidos na fase 1. Nesta fase de tratamento, deve ser feita uma drenagem linfática manual duas vezes por semana, no inverno pelo menos uma vez. Além disso, a terapia de compressão é auxiliada com meias/mangas/luvas de compressão. As medidas adicionais de terapia, como os cuidados especiais e a ginástica, não podem ser negligenciadas nesta fase.

Drenagem linfática – Massagem para descongestionar

A drenagem linfática manual é um tipo de massagem especial com o qual se aumenta a capacidade de transporte da linfa pelo sistema linfático.

Não é tratada apenas a região afetada do corpo, mas sim todo o corpo. A massagem começa no pescoço, onde os grandes vasos linfáticos coletores desembocam nas veias subclávias. O fluxo linfático deve ser estimulado nos grandes vasos linfáticos para facilitar a drenagem dos vasos menores. De seguida, são tratados o tronco e as extremidades.

Dicas para o dia-a-dia – A responsabilidade também é sua

Dicas para o dia-a-dia - Dicas para o dia-a-dia
 

Linfedemas são doenças crónicas. Além do tratamento medicinal, o seu comportamento também determina a forma como consegue viver com o seu edema.

A limpeza é particularmente importante para pacientes com edemas. Limpe a pele e aplique sempre um creme com pH neutro. Não devem ser usados desodorizantes na zona do edema.

  • Vestuário confortável: Use roupa pouco apertada e calçado confortável e sem saltos. Não use cintos nem soutiens apertados.
  • Alimentação equilibrada: Regra geral, os pacientes com linfedema não precisam de dieta. Apenas pessoas com excesso de peso deverão ter uma alimentação com menos teor de calorias – mas, mesmo assim, equilibrada.
  • Ginástica descongestionante: Informe-se sobre programas de mobilidade especialmente desenvolvidos para pacientes com linfedemas. O seu médico ou a caixa de seguro de doença poderão dar-lhe mais informações.

O que deve evitar!

  • Stress: Em situações de stress, os vasos contraem-se. Resultado: os edemas podem piorar consideravelmente.
  • Lesões nas unhas: Nos cuidados com as unhas, tenha atenção para não magoar o sulco ungueal.
  • Lesões na pele: Deve evitar esfolar e cortar a pele, sofrer picadelas, arranhões e mordidas de animais domésticos. Mesmo pequenas lesões nos membros afetados podem trazer consequências graves a pacientes com linfedema. Pode aparecer erisipela.
  • Forte efeito do calor: Evite saunas, banhos de sol e banhos de imersão quentes.
  • Massagens: Evite massagens vigorosas e compressas de lodo na zona do edema. A única exceção são as massagens de drenagem linfática.
  • Férias: Prescinda de viagens para zonas quentes, subtropicais e com muitos insetos.

Tratamento de compressão

Veja como eliminar o inchaço nas pernas e varizes dolorosas 

Terapia com meias de malha plana – Um dos principais fatores no tratamento de um linfedema é a compressão. Com base nos inúmeros resultados positivos, é certo que o tratamento de compressão consegue um efeito impressionante:

Na fase de descongestionamento, com a ajuda de ligaduras reduz-se o edema e, na fase de manutenção, impede-se o aparecimento de novo inchaço, com a ajuda de meias de compressão.

Meias de compressão Mediven 550 para edema na perna - Meias de compressão Mediven 550 para edema na perna

Mal se veem: A meia de compressão de malha plana na perna direita.

Terapia com meias de malha plana

  1. Com ligaduras: na fase de descongestionamento, é imprescindível a colocação de uma ligadura de compressão pouco elástica, após cada drenagem linfática. As ligaduras pouco elásticas exercem grande pressão efetiva (força da pressão de uma ligadura, em caso de movimento) e, ao mesmo tempo, uma reduzida pressão de repouso (força da pressão de uma ligadura em posição de repouso). Por conseguinte, as ligaduras pouco elásticas obtêm uma boa resistência e, assim sendo, um bom efeito de descongestionamento, em caso de movimento. É recomendável, imediatamente a seguir à drenagem linfática, dar um passeio com as pernas firmemente apertadas com ligaduras – assim se otimiza o efeito e se elimina a linfa. As ligaduras de várias camadas têm de ser impreterivelmente colocadas por pessoal com formação.
  2. Com meias de compressão: no final da fase de descongestionamento, o sucesso tem de ser mantido com meias de compressão. Para isso, são usadas meias de compressão de malha plana, as quais substituem as ligaduras pouco elásticas. São meias com costura, compostas por um material menos elástico e mais firme do que as meias de compressão sem costura (como as que são usadas, p. ex., para o tratamento de afeções venosas) e que exercem, por isso, uma pressão plana e constante sobre a pele. São adaptadas exatamente às medidas do corpo e, por isso, fabricadas individualmente. Quando bem ajustadas, as meias distinguem-se pelo assentamento perfeito e um gradiente de pressão exato. Adicionalmente, o material é mais resistente à fricção e é mais fácil de colocar do que o material mais fino das meias de compressão sem costura. Uma outra vantagem das meias de compressão de malha plana reside no facto de o material mais resistente não formar pregas na pele, muito frequentes nesta doença. Por esse motivo, uma meia de compressão de malha circular sem costura, feita num material mais resiliente, não é aconselhada nestes casos. Regra geral, podem surgir constrições que impedem o fluxo linfático e sobrecarregam o sistema vascular. Para um efeito ideal, as meias de compressão de malha plana têm de assentar exatamente. Por isso, justifica-se um aconselhamento exaustivo, dado por pessoal com formação nas lojas da especialidade.

Veja mais sobre:

Novas meias de compressão Zip para máximo conforto

Fontes:

1 www.krebsdaten.de
2 Deutsche Krebsgesellschaft e.V. (2008): Interdisziplinäre S3-Leitlinie für die Diagnostik, Therapie und Nachsorge des Mammakarzinoms, Germering, München: W. Zuckschwerdt Verlag.

[/faceturbo]

Publicar comentário