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15 coisas sobre a Vacina da COVID-19 que você precisa saber

Ainda há muitas dúvidas quando se trata da vacina COVID-19 e de pacientes com alergias e imunodeficiências congênitas (imunodeficiências).

Para esclarecer algumas dessas questões, o Dr. Ekaterini Goudouris, diretor da Associação Brasileira de Alergologia e Imunologia (ASBAI), responde as principais questões sobre o tema a seguir.

1 – Tenho risco de sofrer uma anafilaxia ao tomar a vacina da COVID?

Se você tem histórico de alergia a alguma vacina ou a algum componente da vacina que está sendo usada, sim, existe esse risco.

Deve-se enfatizar que: Nenhuma reação alérgica foi observada com as vacinas atualmente utilizadas no Brasil; pessoas com alergia respiratória, dermatite atópica ou alergia alimentar não são consideradas em risco de reações alérgicas à vacina, a menos que apresentem reação a algum componente dessas vacinas .

Se uma pessoa já teve uma reação alérgica antes, especialmente uma reação alérgica causada por qualquer outra vacina, você deve consultar um médico antes de tomar a vacina COVID-19.

2- É melhor tomar um antialérgico antes ou depois de me vacinar contra a COVID?

Até agora, não foi demonstrado o uso de medicamentos antialérgicos antes da vacinação. Os medicamentos antialérgicos não podem prevenir reações graves e podem até mascarar os sintomas iniciais.

Somente em caso de alguma reação alérgica é indicado para uso pós-uso. Lembre-se de que a maioria das reações a qualquer vacina são leves e não alérgicas por natureza.

3- A vacina pode mudar meu DNA?

Notícias falsas! Não existe essa possibilidade. As vacinas que utilizam material genético do SARS-CoV-2 são constituídas por RNA, o que significa que não penetram no núcleo da célula, onde nosso DNA é “armazenado”.

O material genético da vacina fica no citoplasma da célula, na organela, que vai produzir a proteína codificada pelo RNA.

Essa proteína, como a proteína viral, será produzida por nossas células e estimulará nosso sistema imunológico a responder.

Como é apenas uma proteína que representa uma parte do vírus, não o vírus inteiro, também não há risco de infecção.

4- A vacina é segura mesmo sendo produzida em tão pouco tempo?

Nas últimas décadas, a medicina fez grandes avanços. Apesar do ritmo acelerado, nenhuma das etapas ou regras de segurança no desenvolvimento e pesquisa de vacinas foi seguida.

Muitas dúvidas ainda existem, como por exemplo por quanto tempo a vacina é eficaz, mas essas questões não afetarão a segurança.

5- Não preciso mais usar máscara por que estou vacinado?

Ainda não sabemos se as vacinas usadas podem evitar que as pessoas sejam infectadas. Sabemos que eles podem prevenir doenças graves causadas pelo SARS-CoV-2.

Portanto, medidas como distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos não podem ser abandonadas, pois mesmo se formos vacinados, podemos transmitir a doença para pessoas que não foram vacinadas.

É preciso vacinar mais de 70% da população para que a disseminação do vírus seja reduzida e possa ser “amenizada” em outras medidas.

6- Pessoas com imunodeficiências podem se vacinar?

Sim eles podem. Não sabemos se todos terão uma boa resposta, porque depende do tipo de imunodeficiência, mas a vacina é segura para essas pessoas.

7- É preciso receber as duas doses da vacina? Por quê?

Com exceção da vacina Jansen, o estudo inicial foi realizado com duas doses. Portanto, como é o caso de muitas outras vacinas, duas doses são usadas para determinar a eficácia.

Quando certas vacinas são usadas várias vezes, a resposta imune será mais forte e duradoura.

Porém, alguns estudos já estão em andamento e comprovam que apenas uma pequena dose da vacina é suficiente para conferir proteção adequada.

Porém, antes disso, deve-se seguir o esquema posológico recomendado pelo fabricante e pelo Programa Nacional de Imunizações.

8- Pessoas que tomam imunoglobulina podem ser vacinadas?

Sabemos que o uso da imunoglobulina humana dificultará a resposta à vacina. No entanto, a vacinação é segura e, dada a pandemia que estamos enfrentando, há sinais de que, mesmo que não tenhamos certeza se a resposta imunológica é ideal, a vacina será usada.

9- Tenho alergia grave a ovo e leite e, por isso, não devo me vacinar?

Não há evidência ou relato de que qualquer vacina COVID-19 causa reações graves em pacientes com alergia alimentar.

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10 – Essas vacinas, por serem muito novas, podem causar outras doenças em médio e longo prazo?

Existem reações graves às vacinas, mas são raras. Até o momento, nenhum efeito colateral grave foi relatado que seria contra-indicado para o uso de vacinas COVID-19. Seus benefícios superam em muito os riscos.

11 – E se eu estiver com COVID-19 sem saber e tomar a vacina, ela vai funcionar ou piorar o quadro?

Até agora, não vimos quaisquer efeitos graves a esse respeito.

12 – Essa vacina pode causar sintomas leves de gripe?

A vacina não é um vírus vivo. Portanto, elas não causarão COVID-19. No entanto, uma resposta imunológica a qualquer vacina pode causar alguns sintomas, mesmo os mais leves, como desconforto, dores de cabeça e no local da aplicação.

13 – A vacina vai me deixar imune ou só me defender das formas graves da covid-19?

Estudos demonstraram que as vacinas são muito eficazes na prevenção de formas graves de doenças e, em pequena proporção, previnem as formas leves.

14 – Mesmo tomando a vacina eu ainda posso contrair o vírus e infectar as pessoas, correto?

Sim, Não há prova de que as vacinas podem prevenir infecções virais, mas podem prevenir doenças, especialmente doenças graves. Depois de vacinado ou doente, não suspenda nenhuma distância, use máscara ou medidas sanitárias.

15- Por quanto tempo as vacinas protegem contra a COVID-19?

Infelizmente, ainda não sabemos. E é preciso considerar que novas linhagens estão surgindo. Até agora, a vacina ainda é eficaz contra eles.

A vacinação da maioria da população deve ser realizada o mais rápido possível para reduzir ou mesmo prevenir a propagação do vírus, evitando assim o surgimento de novas cepas.

Até o momento, foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com condicionantes específicas, a CoronaVac, vacina adsorvida inativada, fabricada pela Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil); AstraZeneca, vacina recombinante, fabricada pela AstraZeneca, Oxford e Fiocruz; Pfizer, vacina RNA mensageiro (RNAm), fabricada pela Pfizer e BioNTechJanssen, vacina recombinante, fabricada pela Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson; Sputnik V, vacina recombinante, fabricada pelo Instituto Gamaleya (Rússia); e Covaxin, vacina adsorvida inativada, fabricada pela Bharat Biotech (Índia).

 Sobre a ASBAI

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia foi criada em 1972. É uma associação científica sem fins lucrativos que tem como missão promover a educação médica continuada e difundir conhecimentos na área da alergia e imunologia, fortalecer de forma excelente a prática profissional nos campos público e privado da alergia e imunologia e difundir a prevenção à sociedade E a importância do tratamento das doenças alérgicas e das imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI possui escritórios regionais de representação em 21 estados brasileiros.