Você já parou para pensar de onde veio o conceito de cabelo bonito ou feio? Se você olhar para pinturas antigas, tanto o corpo quanto as mechas apresentam diferentes ideais de beleza hoje. Você sabe por quê? Porque somos socialmente construídos – ou seja, somos influenciados pelo nosso ambiente, nossa cultura é fortemente influenciada pelo eurocentrismo… mas isso está mudando o tempo todo.
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Desde uma conversa com um amigo de salão, até um artigo científico ou uma dissertação de doutorado (para entender o que é uma tese de doutorado) é o momento perfeito para falar sobre o que está por trás dela. As referências à beleza veiculadas pelos meios de comunicação de massa, seja escrevendo um texto para a internet, introduzindo outdoors ou a estrutura ideal de um vídeo, podem ser maculadas por preconceitos que muitos passam despercebidos.
De onde vem a ideia de cabelo bonito
Seja no meio acadêmico, por meio de trabalhos bem elaborados, ou em rodas de conversa, o eurocentrismo serve como referência para discussão. Afinal, a América foi colonizada por pessoas de países europeus como Grã-Bretanha, Portugal e Espanha. Dessa forma, é compreensível que o padrão imposto seja que eles estejam no centro.
Pele clara, traços delicados, cabelos lisos e compridos… Esse conceito definitivamente não representa os Estados Unidos inteiros, muito menos o Brasil. Então, por que achamos esse padrão uma bela referência?
Você duvida que ainda tem? Em seguida, volte para a imagem acima. Basta fazer uma busca no Google (mulher de cabelo lindo) para sediar um festival de imagens eurocêntrico. Em casa, teste em um navegador que não use cookies para evitar alterações nos resultados ou duckduckgo. Podemos até considerar referenciar uma dissertação de doutorado onde encontraremos material sobre o assunto. Aliás, a discussão pode até virar tese de doutorado! O problema está bem na nossa frente, mas fica mais complicado quando você pensa no conceito de cabelo feio.
De onde vem a ideia de cabelo feio
Os que estão no poder ligados ao capital há muito usam uma retórica horrível a seu serviço para diminuir o perfil da população sequestrada. Por virem de diferentes partes do globo – com características físicas locais – usam palavras e ações para reduzir seu poder, auto-estima e identidade. Foi daí que surgiu a ideia de cabelo “bom” e cabelo “ruim”, a associação das curvas com a sexualidade desregrada e muitos outros males que ainda hoje emergem, mesmo de forma mascarada.
A imagem acima é o resultado de uma simples busca por “cabelo feio”. Você já reparou quais tipos de cabelo e pele aparecem mais? Como ferramenta de controle, o conceito de cabelo feio está associado a populações da África e populações de cabelos bonitos da Europa. Claro, existem muitos outros fatores que também influenciam todo o processo doloroso, mas em geral é isso. Porém, as coisas estão mudando e as mulheres estão amando e soltando seus maravilhosos cachos, aprendendo a cuidar das curvas e de si mesmas.
Ações e fala impactam o cenário
Não basta fazer algo diferente, é importante que todos tentem ter uma voz positiva na luta contra preconceitos estruturais e enraizados. Pode corrigir comentários inadequados e auto-observações seguindo as normas da ABNT por meio de uma dissertação de doutorado sobre qualquer tema relacionado ao cabelo e seu significado.
Estudar o tema e compartilhar seu conhecimento nas redes sociais, inclusive poder citar teses de doutorado, alguns estudos e artigos sobre o tema, ajuda a desconstruir esses preconceitos e sistemas de crenças ultrapassados, além de te ajudar a falar melhor ou escrever debates nessa luta por diversidade, igualdade e justiça.
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