Ao falar sobre Covid-19, pensamos imediatamente em sintomas respiratórios. Esses sintomas podem até evoluir para síndrome respiratória aguda grave, ou seja, dificuldade ou desconforto respiratório, sensação de peso ou pressão no peito e saturação de oxigênio <95%.
Mas desde que a doença começou a aparecer no Brasil, sintomas de pele nos pés, mãos, tronco e boca também foram relatados.
Uma pesquisa publicada no ano passado mostrou que o desconforto pode aparecer alguns dias antes do aparecimento dos sintomas comuns e pode até ser o único sintoma durante o processo de infecção.
ALTERAÇÕES NA PELE

- Exantema maculopapuloso (erupção com vermelhidão);
- Lesões urticariformes difusas (lesões avermelhadas e inchaço);
- Vesículas varicela-símiles (bolinhas vermelhas);
- Coceira intensa;
- Bolhas;
- Manchas;
- Lesões esbranquiçadas;
- Livedo (necrose);
Embora tenha sido comprovado que não há relação entre a presença ou ausência dos sintomas acima mencionados e a gravidade de Covid-19, sabe-se que situações extremas, como hipercoagulabilidade, podem desencadear sintomas mais graves, como: sensação de queimação em a pele, resfriado ou mesmo gangrena.
Um estudo publicado por uma equipe do King’s College London descobriu que os sintomas duram em média entre 5 e 14 dias e são mais comuns em mulheres.
Acredita-se que as lesões cutâneas ocorram quando o sistema imunológico é ativado – mas reage de forma exagerada – o que parece indicar que o corpo está tentando se defender da invasão de vírus indesejados.
É COVID-19?
Devido ao aparecimento de sintomas cutâneos, muitas vezes suspeita-se de alergias ou sintomas de outros vírus.
A dica é buscar auxílio na realização de um estudo epidemiológico para diagnóstico precoce e medidas de isolamento.
Porém, é necessário que o paciente busque o prontuário do profissional e orientações sobre a realização do exame.
Somente por meio do diagnóstico é possível orientar o tratamento adequado para aliviar o desconforto da pele e prevenir a propagação do vírus Covid-19.