A epilepsia é um distúrbio neurológico que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por convulsões recorrentes, que podem variar de leves a graves, e pode ser difícil de tratar com medicamentos tradicionais.
No entanto, estudos têm mostrado que o canabidiol (CBD), um composto natural encontrado na planta de cannabis, pode ajudar a controlar as crises epiléticas em algumas pessoas.
O CBD é conhecido por sua capacidade de interagir com o sistema endocanabinoide do corpo humano, que regula uma série de funções corporais, incluindo a atividade elétrica do cérebro.
Estudos pré-clínicos em animais têm mostrado que o CBD pode reduzir a frequência e a intensidade das crises epiléticas, bem como proteger o cérebro contra danos causados pela epilepsia.
Em 2018, a Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos aprovou o uso de um medicamento contendo CBD, chamado Epidiolex, para o tratamento de dois tipos de epilepsia raras e graves – a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut.
Estudos clínicos em humanos mostraram que o CBD reduziu significativamente a frequência das crises em pacientes com essas condições.
Embora o mecanismo exato pelo qual o CBD ajuda a controlar as crises epiléticas ainda não seja totalmente compreendido, acredita-se que ele atue no cérebro de várias maneiras.
O CBD pode ajudar a reduzir a inflamação e a excitabilidade neuronal, além de modular a atividade dos neurotransmissores, que são substâncias químicas que transmitem sinais entre as células nervosas.
Uma revisão sistemática de 2018 publicada na revista Frontiers in Neurology avaliou os resultados de 36 estudos clínicos que investigaram o uso de CBD para o tratamento de epilepsia.
A revisão concluiu que o CBD é um tratamento seguro e eficaz para reduzir as crises epiléticas em pacientes com epilepsia resistente a medicamentos, com uma taxa de resposta de cerca de 50% em muitos dos estudos revisados.
No entanto, é importante notar que o CBD pode interagir com outros medicamentos antiepilépticos, o que pode aumentar o risco de efeitos colaterais.
Além disso, os efeitos do CBD podem variar de pessoa para pessoa, e nem todos os pacientes com epilepsia podem responder ao tratamento com CBD.
Em geral, o CBD tem sido cada vez mais estudado como uma opção de tratamento para a epilepsia, especialmente em pacientes com epilepsia resistente a medicamentos.
Embora o mecanismo pelo qual o CBD atua no cérebro ainda seja desconhecido, estudos pré-clínicos e clínicos têm mostrado que ele pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade das crises epiléticas em algumas pessoas.
É importante consultar um médico antes de usar CBD para tratar a epilepsia, e seguir as dosagens recomendadas e os protocolos de administração de medicamentos prescritos.