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A laparoscopia ginecológica é um procedimento moderno e muito útil para identificar e tratar uma série de doenças que afetam as mulheres.
Com o uso de uma pequena câmera inserida no interior do abdômen da paciente, permite que os médicos possam fazer uma avaliação detalhada e corrigir de maneira precisa as alterações identificadas.
O que é laparoscopia?
A laparoscopia é uma cirurgia indicada com o objetivo de fazer o diagnóstico e o tratamento de doenças que ocorrem na região abdominal. O termo “laparos” vem do grego e significa “abdômen”, enquanto a palavra “scopia” quer dizer observar. Por essa razão, o termo laparoscopia é traduzido como uma forma de observar o abdômen por dentro.
Isso é feito por meio de uma pequena câmera, que é introduzida na cavidade pélvica da paciente através de pequenas incisões, sem que seja necessário fazer cortes externos em sua pele. O parelho usado, chamado laparoscópio, permite a visualização dos órgãos internos com mais precisão.
Por essa razão, a laparoscopia é um procedimento cirúrgico muito usado para identificar e tratar problemas de infertilidade, pois torna possível identificar problemas anatômicos no aparelho reprodutor da mulher que prejudicam a fecundação. É o caso da obstrução nas trompas, que impede que o óvulo e o espermatozoide se encontrem, impossibilitando que ocorra a fecundação.
Como é feito o exame
Para fazer a laparoscopia, a paciente geralmente é submetida a uma anestesia geral. Também é possível que essa anestesia seja combinada com uma anestesia regional, como a raquidiana.
Em seguida, uma agulha é introduzida através do umbigo para liberar gás carbônico no abdômen, o que é feito para individualizar os órgãos, contribuindo para a visualização do aparelho reprodutor feminino. Isso ajuda a impedir que ocorram lesões ao realizar o procedimento.
O laparoscópio é introduzido em um pequeno corte, permitindo que o especialista visualize as imagens dos órgãos por meio do vídeo de forma ampliada e em alta definição.
Caso alguma obstrução seja identificada, é possível realizar de imediato uma cirurgia laparoscópica para eliminar o problema encontrado de forma mais minuciosa.
Foto: Healthline
Laparoscopia Ginecológica
No caso da laparoscopia ginecológica, ela tem como função observar o aparelho reprodutor feminino e identificar as doenças a ele associadas.
O procedimento é feito com uma incisão no umbigo e duas outras na região inguinal (localizada na altura da virilha). O especialista pode avaliar como se encontra a região externa do útero, ovários, trompas de Falópio e o interior da cavidade pélvica.
Além disso, é possível fazer o controle de infecções e doenças na região pélvica, como identificar uma gravidez ectópica, casos de endometriose, inflamações, cistos no ovário, entre outras situações.
Vantagens da laparoscopia ginecológica
A laparoscópica ginecológica permite que o médico especialista faça uma avaliação mais precisa dos órgãos reprodutores femininos, possibilitando uma cirurgia com baixos riscos de complicações. Isso porque, além de os cortes serem bem pequenos, o que facilita a cicatrização, o risco de resultar em uma infecção é bem menor.
Esse procedimento é considerado seguro e, além disso, apresenta uma recuperação rápida em relação às cirurgias tradicionais, justamente por ser menos invasiva.
Por ser minimamente invasiva, a mulher que passa por uma laparoscopia geralmente recebe alta em menos de 24 horas e já pode voltar às atividades diárias em poucos dias.
Quando é preciso fazer essa cirurgia
A cirurgia de laparoscopia é recomendada para as pacientes que apresentam algumas das situações que são apresentadas a seguir:
- Endometriose:é caracterizada quando o endométrio (tecido que reveste a cavidade de útero) ocorre fora do útero. Nesse caso, a laparoscopia é realizada com o intuito de remover e cauterizar todos os focos de endometriose localizados. Nos casos mais sérios, é necessário retirar as partes dos órgãos que foram afetadas, como o útero, intestino ou ovários.
- Cisto ovariano: em geral, os cistos ocorrem devido a um descontrole hormonal, fazendo com que líquido se acumule nos ovários, atrapalhando a ovulação. A laparoscopia é indicada para avaliar e remover cistos de endometriose e nos casos de o cisto ser grande e maligno.
- Mioma uterino: trata-se de um tumor benigno, que pode ser removido por meio da laparoscopia sem provocar grandes traumas no organismo da mulher. Além disso, ainda mantém a estética abdominal após o procedimento.
- Gestação ectópica: ocorre quando a gravidez se desenvolve fora do útero, o pode vir a colocar a vida da mulher em risco. Nesse caso, a laparoscopia contribui para a realização de um diagnóstico precoce e não prejudica a fertilidade da paciente.
- Doenças inflamatórias: a laparoscopia também é usada para fazer o diagnóstico de inflamações no sistema reprodutor da mulher, permitindo descartar a gravidez tubária e apendicite. Em geral, os sintomas incluem dor na hora de urinar, hemorragia e corrimento vaginal em excesso.
- Câncer ginecológico: o procedimento é usado tanto para a coleta de material para análise como para o tratamento de doenças como o câncer de colo de útero, o que é feito através de cirurgia.
Para que serve
A laparoscopia ginecológica serve para diagnosticar e fazer correções em órgãos e tecidos que se encontram alterados, o que acaba dificultando ou até mesmo impedindo que a mulher engravide.
Esses fatores podem estar relacionados a infecções dos órgãos pélvicos ou alterações na anatomia dos órgãos reprodutores. No caso da videolarospcopia, é inserida uma câmera no canal vaginal da paciente para que os órgãos do seu sistema reprodutor passam ser analisados.
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Esse procedimento é indicado principalmente para diagnosticar a endometriose, para fazer a remoção de cistos no ovário e na laqueadura de trompas. A endometriose, por exemplo, é identificada como uma das causas de infertilidade, pois provoca alterações anatômicas na pelve, o que acaba prejudicando a implantação do óvulo.
Dessa forma, quando as pacientes com endometriose são submetidas ao tratamento cirúrgico por meio da laparoscopia, as chances de engravidar sem a necessidade de um procedimento artificial aumentam consideravelmente.
Além disso, outras causas de infertilidade podem ser identificadas através da laparoscopia ginecológica, como fibroses ou aderências, por exemplo. A alteração pode então ser corrigida, possibilitando a realização do sonho de ser mãe.
Riscos da laparoscopia
Apesar de todos os benefícios relacionados à laparoscopia, ela também envolve alguns riscos, assim como em qualquer procedimento cirúrgico. Dificilmente haverá alguma complicação séria decorrente de uma laparoscopia, mas, assim como qualquer cirurgia, é importante entender que sempre haverá riscos envolvidos.
Problemas podem ocorrer no momento de inserir os instrumentos na parede abdominal ou durante a realização do procedimento, além do risco de resultar em uma irritação de pele ou infecção pós-operatória.
Porém, essas complicações são raras e podem afetar cerca de uma em cada 100 mulheres que passam pelo procedimento. Os riscos também incluem danos causados por perfuração na bexiga, intestino, útero e outros órgãos. Além de esses riscos serem de baixa incidência, são compensados devido às inúmeras vantagens que proporciona à paciente.
Além disso, geralmente há um desconforto decorrente do procedimento de laparoscopia ginecológica, o que ocorre por conta da distensão abdominal que ela ocasiona. Como resultado, pode causar problemas respiratórios, hemorragia vaginal e também arritmia cardíaca.
Por esse motivo, é fundamental que o médico avalie a situação de pacientes obesas, com doenças cardíacas, gestantes ou que sejam portadoras de hérnia.
Laparoscopia deixa cicatriz?
Como foi informado anteriormente, ao invés de um corte extenso como ocorre com a cesárea, a cirurgia para laparoscopia é feita através de três pequenos orifícios na região abdominal.
Dessa forma, por se tratar de uma cirurgia minimamente invasiva, que apresenta cortes mínimos, a cicatriz que resulta do procedimento é bem discreta e ainda fica escondida pela calcinha. Isso significa que esse procedimento mantém a estética feminina praticamente inalterada.
Laparoscópio (Créditos: MedicalExpo)
Cuidados após a laparoscopia
A paciente já recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte à realização da laparoscopia, pois são poucos os sintomas que poderá apresentar após a cirurgia. A partir de então, é necessário cuidar dos pequenos cortes que foram feitos para inserir os equipamentos cirúrgicos, limpando adequadamente e cobrindo para evitar uma infecção no local.
É provável sentir um desconforto na região do abdômen, pois ele pode ficar inflado devido ao uso do gás para o procedimento, resultando em náuseas e gases. Também é possível que o peito e os ombros também sejam afetados, além de sentir um pouco de dificuldade em andar.
Os locais onde foram feitas as incisões podem permanecer doloridos ou endurecidos por alguns dias, porém esses sintomas desaparecem em alguns dias, trazendo rápido alívio para a paciente.
Recuperação da cirurgia
A mulher só deverá voltar aos afazeres do dia a dia depois de ser liberada pelo médico, mantendo o repouso e evitando se relacionar sexualmente durante o período que for indicado pelo médico.
A recuperação ocorre entre uma semana a um mês e, durante esse tempo, a mulher deve evitar fazer esforço físico, o que inclui atividades domésticas, trabalhar e dirigir.
É permitido fazer caminhadas leves, o que também beneficia a eliminação dos gases que ficam acumulados na região do abdômen após a laparoscopia ginecológica. Como ajuda na melhora da circulação sanguínea, isso também contribui para a recuperação dos tecidos que foram afetados pela cirurgia.
Preço: Quanto custa uma laparoscopia
O custo para uma laparoscopia em geral tem cobertura nos convênios médicos. Quando é feita de forma particular, ou seja, sem ter a cobertura do convênio, o valor pode variar de R$5.000,00 a R$16.000,00. Também há convênios que cobram apenas uma parte do valor da cirurgia.
O custo engloba toda a tecnologia necessária para o procedimento, além da equipe de profissionais qualificados para usar o aparelho. A laparoscopia ginecológica também pode ser feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) sem custo algum para a paciente.
Retirada do útero por laparoscopia
A histerectomia é um procedimento cirúrgico onde é feita a remoção do útero por apresentar miomas uterinos, endometriose, câncer de colo de útero em estágio avançado, entre outros. Dependendo do caso, também pode ser necessário remover as trompas e ovários.
O uso da técnica de videolaparoscopia oferece menor risco para a mulher apresentar algum tipo de complicação pós-operatória, como infecções ou sangramentos. Com a retirada do útero, a mulher não poderá mais engravidar e não irá mais menstruar.
Laparoscopia cirúrgica
Após o diagnóstico de alguma anormalidade através de uma laparoscopia ginecológica, o tratamento é feito por meio de uma laparoscopia cirúrgica, que atua como uma extensão ao procedimento de diagnóstico.
A cirurgia é feita com a paciente sob anestesia geral, por meio de pequenos orifícios que são feitos em sua pele para que os instrumentos sejam introduzidos. Nesse caso, são necessárias mais duas ou três incisões no abdômen, na região onde é feita a incisão de cesárea.
A cirurgia é feita para realizar o tratamento de inúmeras patologias ginecológicas, entre elas a endometriose, mioma uterino, ou correção de uma incontinência urinária. Como o procedimento é feito com uma invasão mínima, a recuperação ocorre rapidamente.
Laparoscopia exploratória
Também chamada de laparoscopia de diagnóstico, é feita para verificar de forma mais detalhada como está o intestino, estômago e demais vísceras abdominais. Não é realizada nenhuma operação nesse tipo de laparoscopia, pois apenas serve para diagnosticar mais precisamente exames de imagem que não foram capazes de fazer uma avaliação mais precisa.
Algumas situações onde é indicada esse tipo de laparoscopia são:
- Dores abdominais sem causa aparente
- Derrame e infarto intestinal
- Endometriose
- Doenças inflamatórias na pelve
- Hérnias
Cirurgia de rim por laparoscopia
A cirurgia de rim geralmente é feita por incisões na região lombar, o que pode ser bastante doloroso por conta da proximidade com os nervos. Por essa razão, quando é o caso de necessidade de cirurgia nessa região, como para tratar cistos renais, é indicada a laparoscopia, que oferece resultados satisfatórios e é bem menos invasiva.
Cirurgia de vesícula por laparoscopia
A cirurgia de vesícula tem indicação no caso de inflamação, pedra na vesícula ou câncer. Essa cirurgia costuma ser rápida e dificilmente ocorrem complicações e, após o procedimento, é necessário que a paciente permaneça em repouso por um ou dois dias. Já a recuperação completa acontece entre 1 a 2 semanas.
Seja qual o motivo para a laparoscopia ginecológica, a paciente certamente será amplamente beneficiada por esse moderno procedimento.
Referências
chedidgrieco.com.br/laparoscopia-cirurgica/
www.vidabemvinda.com.br/blog/laparoscopia-ginecologica-quando-recorrer-ao-procedimento/
marcostravessa.com.br/como-e-recuperacao-apos-cirurgia-de-laparoscopia/
laparoscopiaginecologica.net.br/quando-fazer-laparoscopia/
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