Desde o início da pandemia de Covid-19, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) desenvolve uma vacina em spray nasal.
Segundo o pesquisador principal do estudo, Jorge Kalila, diretor do Laboratório de Imunologia do InCor e professor do Departamento de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o novo imunológico deve estar pronto para aplicação na população até o final de 2022.
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Kalil explica que embora pareça pouco tempo, a equipe trabalha nos estudos todos os dias há quase dois anos.
Além disso, a pesquisa recebeu financiamento do governo, o que ajudou a contratar mais pesquisadores.
“Nós tivemos um apoio de imediato do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que fez uma encomenda tecnológica, e nós conseguimos chamar mais gente para trabalhar conosco.”
Com a conclusão dos ensaios clínicos 1 e 2, a equipe terá que desenvolver um ‘piloto’ para que possa iniciar uma nova fase de pesquisa no início de 2022.
Ou seja, uma pequena quantidade de produção precisa ser testada em humanos, o que exige muito trabalho.
No Brasil não somos tão bons, não é um trabalho científico, é um trabalho técnico. Talvez nesta fase, tenhamos gente de empresas estrangeiras e brasileiras para que possamos iniciar nossos ensaios clínicos em janeiro.(palavras de Kalil).
A meta de Jorge Kalil não é apenas abastecer o Sistema Único de Saúde com vacinas para a população brasileira, mas também exportar tecnologia para outros países.
“Como a gente vai ter que usar estas vacinas [contra a Covid-19] por muitos e muitos anos, o que a gente quer é que esta vacina não só dê o reforço necessário para que a gente não precise importar doses, mas que a gente possa inclusive exportar para o mundo todo.”
A grande diferença entre essa vacina e uma vacina administrada com seringa é que se trata de imunização intranasal. “Que é por onde o vírus entra, que é para acabar com a doença, não simplesmente diminuir os números de casos, mas impedir a infecção do nariz”, explica o Jorge Kalil.
Para tanto, nanopartículas contendo um antígeno foram desenvolvidas no qual ocorre uma resposta imune.
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