Alimentos ricos em proteínas, são benéficos para a saúde e para o ganho muscular alem de ser essencial para a boa manutenção do organismo.
Dietas ricas em proteínas são mais saciantes do que aquelas que carecem ou são baixas nesse tipo de nutriente. Analisaremos as razões desse fenômeno e como podemos aproveitá-lo para criar uma dieta mais saudável e que, ademais, nos ajude a perder peso.
A moda de dietas ricas em proteínas
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Para começar, devemos ter em mente que uma dieta saudável e equilibrada deve ser aquela que nos ajude a controlar corretamente nosso peso. Nesse sentido, temos que levar em conta que nosso organismo requer cerca de 30% da energia destinada à digestão para metabolizar proteínas.
Em comparação, os carboidratos precisam apenas de 10%, enquanto as gorduras dificilmente requerem energia. Portanto, consumindo proteínas, obtemos apenas 70% da quantidade total de calorias.
Além disso, essas dietas produzem o temido efeito rebote após seu término. Portanto, alterando o tipo de alimentação, o ganho de peso pode ser ainda maior do que no início da dieta.
No entanto, a verdade é que dietas ricas em proteínas ajudam na perda de peso. Sendo assim, conhecer o mecanismo pelo qual esse fenômeno ocorre poderia levar ao desenvolvimento de medicamentos que detenham o crescente problema da obesidade.
Quando consumimos proteínas e estas são digeridas, um produto final conhecido como fenilalanina é liberado, o que desencadeia hormônios que nos fazem sentir menos famintos. Os hormônios controlam nosso apetite, dizendo-nos se estamos com fome e determinando quando estamos saciados.
Como exemplo, a grelina, também conhecida como “hormônio da fome” nos diz quando estamos famintos, enquanto o hormônio GLP-1 é o que nos diz se já comemos o suficiente.
Por tudo isso, é importante entender os mecanismos que regulam nosso metabolismo, para que possamos identificar novas maneiras de tratar ou prevenir a obesidade.
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A digestão das proteínas
Durante a digestão, os alimentos são metabolizados para serem convertidos em substâncias que são mais fáceis de assimilar. Logo depois, eles são absorvidos em um processo chamado gliconeogênese. Ou seja, ocorre a formação de glicose, que atua como fonte de energia para nossas células. Essa glicose é capturada pelos receptores da veia porta, localizados perto do intestino, que, por sua vez, envia um sinal ao cérebro para que a sensação de saciedade comece.
Dessa maneira, após uma refeição rica em proteínas, as moléculas obtidas são liberadas na corrente sanguínea. Isso faz com que muitos receptores opioides (μOP) sejam bloqueados. Estes receptores estão nas paredes da veia porta, um vaso sanguíneo espesso que transporta sangue do intestino e do baço para o fígado, o que resulta no metabolismo dos nutrientes.
É assim que a sensação de saciedade é gerada após dietas ricas em proteínas, especialmente se incluirmos carne vermelha ou branca, peixe, ovos e alguns vegetais. De fato, até pouco tempo atrás, não se sabia que os receptores μOP eram responsáveis por regular a sensação de fome e saciedade.
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As consequências de dietas ricas em proteínas
As pessoas que consomem proteínas para perder peso provavelmente percebam um grau semelhante de redução do apetite. Isso será independentemente da quantidade de proteína que consomem, dentro da margem em que a dieta está programada.
O fato de que menos é mais é uma boa notícia para quem quer perder peso, não apenas por causa de sua ingestão de calorias, mas também para obter alguma poupança em matéria de economia.
As proteínas desempenham um papel bastante importante na transmissão de informações em nosso organismo, inclusive mais do que outros tipos de alimentos. Além disso, após uma ingestão muito alta de proteínas, nosso corpo precisa gastar mais energia para queimar glicose e digerir adequadamente essas substâncias.
Uma alta ingestão de proteínas aumenta o tráfego de informações entre o cérebro e o sistema digestivo. Como resultado, isso faz com que a sensação de saciedade seja maior e chegue mais cedo.
No entanto, não podemos esquecer de que uma dieta rica em proteínas pode ter outras consequências que devem ser levadas em consideração, principalmente se houver doenças ou uma condição especial. Nesse caso, será necessário consultar o médico para determinar se é possível seguir essas dietas. As consequências incluem:
- Aumento do risco de descalcificação óssea.
- Sobrecarga no fígado e rins.
- Aumento dos níveis de ácido úrico.
- Náusea e fadiga.