A Fiocruz realizará estudo em larga escala de intercambiabilidade vacinal no Brasil para avaliar os efeitos da imunização com a combinação das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, produzidas internamente pelo Instituto Butantan e Fiocruz, respectivamente.
Atualmente, os cientistas não descartam o cruzamento de diferentes vacinas para impulsionar ou completar a imunização de pessoas que já receberam uma ou duas doses de Covid-19, mas isso também está se tornando uma opção no mundo, e o Brasil não é exceção.
A intercambiabilidade vacinal é um dos objetos de pesquisa de um grupo de imunologistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC / Fiocruz) e do Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF / Fiocruz).
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O estudo de intercambialidade da vacina da Fiocruz sugere que pode avaliar o tempo para a vacina em estudo manter a imunidade à Covid-19, gerar dados que ajudarão a planejar o fortalecimento do plano vacinal e analisar a resposta da combinação de preparação imunológica à proteção de a nova variante do vírus.
O projeto iniciou sua primeira fase em maio deste ano e tem término previsto para 2023.
É financiado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde (MS) e conta com o apoio do Vice-Presidente de Pesquisa e Biológicos Acervo (VPPCB / Fiocruz) e Instituto de Imunobiologia da Ciência e Tecnologia (Bio-Manguinhos / Fiocruz).
A equipe de pesquisa é formada pelos pesquisadores do IOC / Fiocruz, pelos coordenadores Adriana Valocchi e Adriana Bonomo, e pelo IFF / Fiocruz Biomedicina e pelo pesquisador associado Zilton Vasconcelos.
Para Adriana Vallochi, coordenadora do projeto e pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a combinação de imunizantes pode gerar uma resposta imune intensa e duradoura.