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Eudemonismo: definição, origem e principais características.

Eudemonismo é uma palavra de origem grega que significa “doutrina da felicidade”. É o nome dado a toda teoria ética que considera a busca da felicidade como o fim último da vida humana e o critério para julgar as ações morais.

Segundo o eudemonismo, o bem supremo é a eudaimonia, um termo que pode ser traduzido como “felicidade”, “bem-estar” ou “florência”.

O eudemonismo surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Para eles, a felicidade não era um estado subjetivo de prazer ou satisfação, mas uma condição objetiva de realização do potencial humano.

A felicidade dependia da virtude, ou seja, da excelência moral e intelectual. A virtude era adquirida pela educação, pelo exercício da razão e pela prática das virtudes específicas de cada função social.

O eudemonismo se distingue do hedonismo, que defende que o fim da vida humana é o prazer imediato e sensível. O hedonismo também surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos cirenaicos e epicuristas.

Para eles, a felicidade era um estado subjetivo de ausência de dor e perturbação. A felicidade dependia da moderação dos desejos, da escolha dos prazeres mais duradouros e menos arriscados e da amizade.

O eudemonismo também se diferencia do estoicismo, que afirma que o fim da vida humana é a conformidade com a natureza racional e divina.

O estoicismo também surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos Zenão de Cítio e seus seguidores. Para eles, a felicidade era um estado de apatia ou indiferença diante das coisas externas e mutáveis.

A felicidade dependia do domínio das paixões, do cumprimento do dever moral e da aceitação do destino.

O eudemonismo influenciou diversas correntes filosóficas posteriores, como o utilitarismo, o existencialismo e a ética das virtudes.

O utilitarismo defende que o fim da vida humana é a maximização da felicidade para o maior número possível de pessoas. O existencialismo defende que a felicidade é uma escolha livre e autêntica diante das possibilidades existenciais.

A ética das virtudes defende que a felicidade é uma disposição habitual de agir bem em diferentes situações.